Primeiro vem aquela música e depois o som da sua voz. Então, sinto a falta do seu abraço apertado e hoje senti falta também do seu cheiro. É assim mesmo: Sua ausência me tira o ritmo, mas me dá a poesia para transformar o tão concreto em abstrato. O seu sorriso iluminando o mundo inteiro, mas faz tremer só o meu.
Com os mesmos olhos de uma criança que vê a pipa voando pela primeira vez, qual a minha culpa por ter me impressionado com seu jeito de andar? Viver do que, se em tudo do que vi por aqui, é você o que eu mais quero?
A culpa é sua, que fugiu da minha lógica. É do mar que me leva pra longe daqui. É daquela carta que eu escrevi, mas que nunca te entreguei e de todo o resto que me faz lembrar de algo que eu já vi bem antes nos meus sonhos. É culpa de tudo aquilo que aumenta a vontade de se ter justo o que não se tem.
Sem resposta positiva, mas enquanto não houver a negativa eu vou brigar, vou lutar e vou enfrentar tantos quanto tiver que enfrentar. Ainda que para a reação não tenha havido ação e mesmo que os espinhos sejam mais densos que as flores e que a água jamais vire vinho, eu vou sumir, mas vou voltar e vou te esperar... Eu espero a eterninade se precisar.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Ponto Quarenta
Após um longo e caloroso verão, posto aqui outro texto. Dessa vez, a autoria não é própria, mas li seu livro e essa parte abaixo fez bastante sentido pra mim. Taí ó!
“Parecia ser definitivo. O fole esvaziou-se. A festa acabou. Não vieram anjos, nem diabos. Parece que nunca vou morrer. Sou eterno como o tempo. Tudo era regido por uma batuta estranha e sem cadência. Quando nascemos, não sabemos o que é tempo. Único e fungível. Depois vemos que o sol se põe frequencialmente compassado. Fica noite, fica dia. Tomamos esse pêndulo binário como parâmetro único. A sensação de movimento corrobora nossa expectativa cotidiana.
Queria ter feito um filme. Por que devemos ter o mesmo ritmo, se a mensagem tem várias espécies de linguagens? Tempo, espaço e lugar não caminham tão juntos assim. Seria o cinema apenas um teatro filmado?
Só naquele momento não me envergonhava destas perguntas tolas. Perguntas de que fugi a minha vida toda. Todo mundo sabe tanto. ”
Queria ter feito um filme. Por que devemos ter o mesmo ritmo, se a mensagem tem várias espécies de linguagens? Tempo, espaço e lugar não caminham tão juntos assim. Seria o cinema apenas um teatro filmado?
Só naquele momento não me envergonhava destas perguntas tolas. Perguntas de que fugi a minha vida toda. Todo mundo sabe tanto. ”
Roger Franchini, do livro "Ponto Quarenta", pág. 114.
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